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domingo, 27 de dezembro de 2015

Sou apaixonado pela região do Tatuapé

Alguns amigos dizem que o mercado imobiliário estragou o Tatuapé, mas penso que, apesar da acentuada verticalização sofrida nos últimos anos, a região ainda reserva muita tranquilidade e, principalmente, muitos bares e restaurantes, que contribuem para conferir ainda mais charme e dinamismo.

Estação Tatuapé: três linhas de metrô, dois shopping centers, dois terminais urbanos e serviço de ônibus suburbano para o aeroporto. Tudo integrado

O principal problema no bairro do Tatuapé (ou na Vila Gomes Cardim, para ser mais preciso) é que o viário da região recebeu poucos ajustes ao longo dos anos. Ainda assim, vislumbro um bonde moderno (VLT) ou ainda, um serviço circular com ônibus movidos a bateria, silenciosos e circulando 24 horas, porém, ideias à parte, hoje o bairro é servido por várias linhas de ônibus, principalmente por aquelas linhas do Sistema Local da SPTrans, popularmente chamadas de lotação, em referência ao antigo transporte clandestino, feito com Kombis, Topics e Bestas, que em meados no novo milênio, deu lugar a cooperativas com ônibus de pequeno e médio porte (micro e midi).

Micro-ônibus na Praça Cel. Sandoval de Figueiredo, nas imediações do Shopping Metrô Tatuapé

O zoneamento, bastante permissivo, facilitou transformações que resultaram numa paisagem que mistura grandes edifícios, alguns verdadeiros clubes privados e isolados da vida urbana (um péssimo modelo, diga-se de passagem) e pequenos sobrados compondo a quase totalidade de ofertas de comércio e prestação de serviço. Oferece-se de tudo um pouco, uma verdadeira sub-centralidade, ou seja, pode não ser uma Vila Olímpia, mas também passa muito longe de ser um bairro dormitório. Com as ruas dispostas em xadrez na face sul da estação, caminhar fica muito mais fácil, especialmente quando você constrói um mapa cognitivo das ruas mais importantes.

Recomendo a todos que reservem um tempo para conhecer os parques da região, como o CERET, já no Jardim Anália Franco e experimentar os restaurantes, como a gelateria Marco Polo, o fast-food mexicano La Buena Onda e a hamburgueria Garage Burger. Opções mais boêmias estão disponíveis nas ruas Coelho Lisboa, Itapura e Emília Marengo.

Visitar o CERET é sempre um programa agradável

Usando os trens da Linha 11-Coral da CPTM, é possível chegar no Centro de São Paulo em aproximadamente 15 minutos. Para compras populares, ainda com a CPTM, é possível acessar facilmente bairros como Brás e São Miguel Paulista, importantes no nicho em questão.

Rua Emília Marengo: conta com bares e serve como porta de entrada para o Jardim Anália Franco, além de estar conectada à Rua Itapura


Fica aqui o convite! Nem só de bairros como Pinheiros vive o morador de São Paulo!

Centro Comercial Alphaville, uma agradável surpresa

Em outubro/2015 decidi visitar Alphaville. Havia escrito uma crítica sobre a Estação General Miguel Costa para o COMMU e, durante o processo de pesquisa para elaboração do artigo, acabei tropeçando com uma tese.

A tese legendava uma figura com a seguinte descrição:

Centro empresarial tem calçadas largas e ambiência agradável.

Ao lado, um parágrafo destacava a viabilidade dos deslocamentos a pé, importante característica para mim, que não dirijo:

Edifícios residenciais e corporativos, bancos, shopping centers, restaurantes, comércio e serviços variados criam um polo de atratividade, e o fluxo de pedestres composto pela população flutuante e moradores dos edifícios próximos cria uma atmosfera de bairro, sendo possíveis os deslocamentos a pé. Por essa razão, nessa região as calçadas são largas e funcionais. A fiação é subterrânea.

Tem tudo pra ser uma boa experiência, pensei!

Aproveitei que não precisava ir à faculdade naquele dia e fui até a estação depois do expediente. Para quem não conhece, a General Miguel Costa está localizada bem na divisa de Osasco com Carapicuíba.

Para acessar Alphaville, usei a linha 496 da EMTU. Foi uma viagem relativamente tranquila, além disso, eu me planejei para usufruir do benefício da integração EMTU-CPTM, economizando R$ 1,55, assim, fica a dica: considere usar o BOM já ao embarcar na CPTM, pois quando pagar com o Cartão BOM o ônibus da EMTU, você terá o desconto.

Usando o Trafi para visualizar as opções de transporte coletivo disponíveis

Depois de comer e andar um pouco por algumas das alamedas do centro empresarial, decidi entrar no Centro Comercial Alphaville (CCA), que pode ser resumido como um centrinho comercial com ruas bem estreitas e pequenos jardins.

Um exemplo do que eu encontrei no CCA

Dentro dele, notei muitos imóveis para alugar, aparentemente resultado da chegada de shoppings e edifícios mais modernos, o que me deixou um pouco preocupado, porém, não percebi sinais de degradação ou abandono, tudo estava impecável.

Foi o lugar mais tranquilo de todo o passeio. Praticamente sem o ruído provocado pelos automóveis e sem grandes preocupações para andar. Apesar de os motoristas pararem para os pedestres nas faixas não-semaforizadas sem precisar implorar, um ambiente só para pedestres não tem comparação, é sempre melhor.

Um dos mapas disponíveis dentro do CCA

Se do lado de fora do CCA as ruas e avenidas são denominadas alamedas, dentro dele as pequenas ruas e vielas são denominadas calçadas, cada uma recebendo o nome de uma flor diferente. Como são muitas as calçadas, os mapas localizados em diferentes pontos são uma mão na roda. Dentro do Centro Comercial Alphaville existem diversas opções para alimentação, além de bares, que se somam ao comércio e prestação de serviços.

Finalizo dizendo que, sem dúvida alguma, Alphaville constitui uma importante centralidade para toda a Sub-região Oeste, que atrai profissionais não só da Grande São Paulo, mas também do interior. O centro empresarial é realmente amigável para o pedestre e o CCA surpreende pelo ambiente bem cuidado.